segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Câncer de pele: perigo que vem do sol
A doença comumente atinge mais as pessoas de pele clara, que ficam expostas à irradiação solar, entre 10h e 16 horas, sem qualquer tipo de proteção. No DF, é maior a incidência desse mal


O câncer de pele há muito vem sendo um problema alarmante, mas, em tempos de aquecimento global, a preocupação é ainda maior. Esse é o tipo de câncer com maior incidência no Brasil devido às suas características tropicais, onde se cultua corpos bem bronzeados. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a previsão era de 118 mil novos casos somente no ano passado.

No Distrito Federal está a maior incidência da doença. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 13% dos casos de câncer de pele estão na Capital Federal. A explicação dos pesquisadores não é outra senão a altitude. Viver no Planalto Central tem seu ônus. Os raios ultravioletas chegam com maior intensidade.
A doença é uma multiplicação anormal e descontrolada das células. Manifesta-se, sobretudo, em pessoas com predisposição genética e pode ocorrer em qualquer parte do corpo. “Embora mais comum após os 40 anos, qualquer um pode desenvolver a doença. Estão mais suscetíveis indivíduos de pele clara ou com sardas. Correm mais risco, ainda, pessoas com históricos de câncer de pele na família, as que costumam sofrer queimaduras solares, têm pintas ou dificuldade de bronzeamento, ficando vermelhas”, explica o dermatologista Erasmo Tokarski.

Para o Dr. Erasmo, o alerta é para aqueles que não costumam usar filtro solar. “O que provoca o câncer não é o calor, mas sim a exposição aos raios UVA e UVB. Portanto, mesmo quando o céu estiver nublado é preciso se proteger usando filtro solar”, explica o dermatologista.

São três os principais cânceres de pele: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. O carcinoma basocelular constitui cerca de 70% dos casos. Aparece em especial nas áreas mais expostas ao sol, enquanto o carcinoma espinocelular é o segundo tipo mais comum. Também se manifesta por ferida ou verruga que não sara. É maligno e pode espalhar-se para outros órgãos. Já o melanoma é mais freqüente em pessoas de pele clara e sensível, mas pode se formar também em morenos e negros. É o tipo mais perigoso já que se dissemina rapidamente.

Segundo o dermatologista Erasmo Tokarsk, o ideal é prevenir-se. Pode-se evitar o câncer de pele com o uso do protetor solar diariamente, de acordo com o tom de pele. Também é fundamental evitar expor-se ao sol entre 10 e 16 horas, quando a radiação é mais intensa. É importante ainda, em especial nos dias mais ensolarados do verão, completar a proteção com o uso do boné, chapéu e camisa de manga comprida.

As crianças precisam de atenção redobrada devido à maior sensibilidade na pele. Bebês de até seis meses não podem ser expostos diariamente ao sol. Pesquisas constataram que indivíduos que usam protetor solar desde criança têm risco 85% menor de desenvolver câncer.

À primeira indicação da doença ou em caso de dúvidas, vale a pena consultar um médico dermatologista. Quanto mais rápido o câncer de pele for diagnosticado e tratado, menores os riscos de mutilações e maiores as possibilidades de cura. Quando a doença já se espalhou para outros órgãos, sobretudo no caos do melanoma, a chance de cura se reduz muito.

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