segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Fatores de crescimento celular (bio-estimulação),para o rejuvenescimento


O que é PRP?
PRP é a sigla dada para Plasma Rico em Plaquetas que representa a parte líquida do sangue total acrescida das plaquetas, as células que atuam nos processos de coagulação e cicatrização. Durante sua obtenção são retiradas as hemácias, células vermelhas.

Para que servem as aplicações de fatores de crescimento?
Os fatores de crescimento são sintetizados por estas plaquetas e estão envolvidos nos processos de cicatrização, coagulação e renovação celular. Desta forma utilizamo-los sempre que há necessidade de restaurar ou cicatrizar algum tecido, seja a lesão causada por fatores extrínsecos ou pelo próprio envelhecimento endógeno.

Em que consiste o tratamento? E quais as consequências?
O tratamento consiste em injetar com fina agulha o PRP na pele ou região a ser tratada. As consequencias são reestruturação tissular, principalmente, que se traduz por melhora da trofia e aparência local.

Qual o grupo-alvo?
Depende da patologia ou objetivo clínico e portanto pode variar de 20 a 80 anos, ambos os sexos e qualquer tipo ou cor de pele.

Quais as principais indicações da bio-estimulação por fatores de crescimento do Plasma Rico em Plaquetas?
Em estética recomenda-se seu uso nos tratamentos de rejuvenescimento, flacidez cutânea, estrias, queda de cabelo e cicatrizes atróficas.

E como atua o PRP?
Os fatores de crescimento aumentam a vacularização local por neoangiogênese, estímulo a síntese de colágenos, síntese de matriz extr-celular, proliferação de células endoteliais, estímulo a contração de feridas, quimiotaxia, ativação de fibroblastos e osteogênese.


Então o Plasma Rico em Plaquetas pode ser utilizado tanto como tratamento preventivo do anti-envelhecimento, como tratamento de rejuvenescimento?
Sim, nos casos preventivos, o PRP mantém o estímulo à produção de colágeno e elastina na pele que normalmente decai a partir dos 30 anos, além da manutenção da trofia dérmica. Nos casos de envelhecimento instalado há grande melhora da flacidez e elasticidade cutâneas e retorno de grande parte da estrutura da pele devido ao seu poder regenerador.

Porque a utilização do PRP não é tão conhecida no Brasil? E a quanto tempo você já domina está tecnica?
Na verdade o uso de PRP não é tão desconhecido assim. Há muitos anos os dentistas o utilizam em reintegração óssea e em casos de implantes dentários. No Brasil já temos estudos na área de otorrinolaringologia em casos de reconstrução timpânica e em cirurgia plástica em casos de queimaduras. Seu uso na estética sim é mais recente, mas os médicos que se atualizam já podem ver alguns trabalhos apresentados em congressos internacionais. Aqui em Brasília já fazemos o PRP há quase 3 anos. Em 2007 apresentei no II Congresso Brasileiro de Engenharia de Tecidos, Estudos das Células-Tronco e Terapia Celular trabalho sobre “O uso de fatores de crescimento em estrias” e em janeiro de 2008 levei o estudo de “Rejuvenescimento de face e pescoço com plasma rico em plaquetas” ao IMCAS- International Master Course on Aging Skin em Paris na França.

Algumas pessoas têm alergias a alguns tratamentos. Existem riscos de alergias ou transmissão de doenças no tratamento com o PRP?
Por ser autólogo, ou seja, do próprio paciente, a técnica não apresenta riscos de alergias ou transmissão de doenças. Além disso, como é colhido e aplicado na mesma hora, não se corre o risco também de contaminação durante armazenamento.
10. Qual protocolo de tratamento? Quantas aplicações podem ser feitas?
Em geral, recomenda-se 3 a 4 sessões uma vez por mês, mas pode-se variar em número de acordo com a resposta individual do paciente. Após 6 meses a um ano, novo tratamento pode ser iniciado.


Esta técnica é compativel com outros tratamentos? Quais?
Sim, a técnica não contra-indica nenhum outro tratamento estético e muitas vezes são combinados a outros procedimentos, pois a técnica restaura a pele mas não resolve por exemplo manchas e acne ou flacidez muscular. Usualmente, a pele envelhecida também apresenta outras características que necessitam de cuidados. Aparelhos de laser, peelings químicos e físicos, radiofrequencia, infra-vermelho, fios de sustentação, microcorrentes são exemplos de tratamentos que geralmente prescrevemos. Tudo depende de cada caso e por isso o tratamento sempre deve ser individualizado.

Existe alguma contra-indicação em relação a esta técnica?
O PRP não deve ser feito em pacientes portadores de doenças do colágeno, infecções locais e em casos de expectativa irreal.

Considerações Finais:
A busca pela qualidade de vida deve sempre ser encorajada assim como os velhos bons hábitos de comer bem, fazer exercícios moderados e beber muita água. Não há melhor receita de beleza do que sentir-se bem. Quando felizes irradiamos, o brilho nos olhos é visível e portanto a beleza verdadeira só será viável num corpo saudável. Não devemos deixar nos levar por ideais ou padrões apenas. O equilíbrio sim, nos faz belos. Além disso, quando optar por finalmente procurar ajuda profissional, objetivamente deve-se certificar da idoneidade e formação acadêmica do mesmo e ainda das instalações adequadas ao procedimento pretendido.


Consultoria: Dra. Rian Campelo
www.riancampelo.com.br

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Antienvelhecimento


INFLAMAÇÃO SUBCLÍNICA CRÔNICA: INIMIGA OCULTA DA LONGEVIDADE SAUDÁVEL

Diante do conhecimento científico atual, seria impossível falar de uma longevidade saudável sem dar atenção à um dos principais vilões do ser humano na vida moderna: Inflamação Crônica Subclinica. Quando falamos em inflamação, automaticamente recordamos de dor, calor, rubor e edema que são os sinais clássicos de uma inflamação aguda. Este mecanismo nada mais é que um esforço articulado do organismo para se autorreparar. Em resposta à agressão, o organismo orquestra uma série de respostas (aumento do fluxo sanguíneo, deslocamento de células de defesa-leucócitos, produção de substâncias vasodilatadoras, etc.) visando ao controle da infecção por patógenos externos (bactérias, vírus, fungos, etc.) e manutenção do equilíbrio interno (homeostase).
Bem, esta é a inflamação que nós vemos. Este tipo de inflamação é benéfico e precisamos dela para sobreviver. No entanto, as descobertas científicas têm apontado que este mecanismo pode perder o controle e se voltar contra nós mesmos. Um número cada vez maior de estudos aponta que a inflamação pode agir como precursora e afetar a evolução de muitas doenças crônicas, como doença cardiovascular (infarto, AVC, tromboembolismo, etc.), câncer, diabetes, obesidade, depressão, artrite, fibromialgia, hipertensão arterial e Alzheimer. Infelizmente, devido a uma série de desequilíbrios relacionados ao estilo de vida moderno (má alimentação, obesidade, sedentarismo, stress, infecções crônicas, poluição ambiental, alergias alimentares, etc) um número cada vez maior de indivíduos adquirem ao longo do tempo este estado “pró- inflamatório”. A incidência crescente destas doenças crônico degenerativas só vem confirmar este dado, apesar de todo avanço da medicina e da indústria farmacêutica.
Cada indivíduo deve ser avaliado detalhadamente em relação à presença e extensão de inflamação “oculta”. Isto requer uma historia clinica pormenorizada, hábitos alimentares, antecedentes clínicos, etc. Existe também um exame laboratorial relativamente simples chamado “Proteína creativa ultrassensível”.
PCR é uma proteína de fase aguda, sintetizada pelo fígado e regulada por citocinas, predominantemente a IL-6, o TNF- e a IL-1 . Embora o fígado seja a principal fonte de PCR, os adipócitos e o tecido arterial também a sintetizam. Seus níveis estão aumentados em resposta às infecções ativas ou ao processo inflamatório agudo. Elevações modestas dos níveis de PCR estão também presentes em situações crônicas inflamatórias, como a aterosclerose, e seus níveis aproximadamente triplicam na presença de risco de doenças vasculares periféricas. Dessa forma, tem sido descrito pela literatura a capacidade de a PCR predizer eventos cardiovasculares. Como pode ser observado nos dados do Physicians Health Study, depois de ajustar para múltiplos fatores de risco para doenças cardiovasculares (em especial a gordura visceral), aqueles indivíduos com altos níveis de PCR, independente do nível de colesterol, apresentaram grande risco de sofrer infarto agudo do miocárdio!


Como vimos, estilo de vida saudável favorece o controle da inflamação subclínica e, consequentemente, garante uma longevidade saudável. Aí vão algumas dicas:


1. Redução do sobrepeso/Obesidade: Hoje compreendemos que a massa de gordura corporal, principalmente aquela localizada na região do abdômen funciona como um reservatório de inflamação. Daí porque o diâmetro da cintura tem correlação direta com a incidência de doença cardiovascular. Segundo os critérios mais recentes da Federação Internacional de Diabetes, uma circunferência abdominal (medida à altura da cicatriz umbilical) ≥ 94 cm para o homem e ≥80 cm para a mulher já aumenta significativamente a incidência de de doença cardiovascular e diabetes nestes indivíduos.

2.Correção do desequilíbrio típico de nossa cultura alimentar ocidental no que se refere à desproporção entre o consumo de gordura poliinsaturada Ômega6/Ômega 3. Segundo os cientistas, a proporção ideal entre estas 2 gorduras seria em torno de no máximo 3:1. No entanto, em nossa dieta habitual esta proporção chega facilmente a níveis de 20:1 a 30:1. Isto se deve a consumo em muito maior quantidade de alimentos ricos em ômega 6 (óleos vegetais-soja, girassol, canola, etc.) que os ricos em ômega 3(salmão, sardinha, linhaça, etc). Isto leva a um desequilíbrio na formação dos mediadores inflamatórios (prostaglandinas, tromboxanos, etc.) levando à formação maior de mediadores mais inflamatórios, principalmente as prostaglandinas do grupo 2 (PGE2, PGF2, etc.)

3.Reduzir ao máximo o consumo de ácidos graxos do tipo TRANS (margarina, condimentos industrializados, frituras, etc). Hoje sabemos que a gordura trans é extremamente nociva para o coração, aumenta a taxa do colesterol ruim (LDL) e é a aterogênica.

4.Atividade Física Regular: Um sem número de evidências científicas mostra que o exercício físico reduz inflamação. Também melhora o sistema imunológico, fortalece o sistema cardiovascular, previne e corrige a resistência insulínica e é fundamental para combater os efeitos do stress.

5. Modulação das pausas hormonais principais (somatopausa, menopausa, andropausa, adrenopausa, tireopausa, melatopausa, eletropausa) Aqui vale ressaltar os Hormônios Bioidenticos, obtidos através de técnicas avançadas como engenharia genética recombinante e espectrofotometria, resultando em estrutura molecular tridimensional exatamente igual aos hormônios produzidos pelo corpo humano. Por esta razão, eles ocupam os receptores celulares com a mesma perfeição e exatidão que os originais. Ao serem absorvidos pelo organismo, é imediatamente reconhecido pelo DNA humano, o que promove o que é chamado de resposta terapêutica fisiológica, isenta de riscos à saúde, o contrário visto em hormônios com estrutura totalmente diferente e que favorecem o aumento da inflamação subclínica crônica (lembrem-se que todas as substâncias estranhas provocam alguma reação do nosso corpo!) e, por consequência, mais infarto, AVC e câncer.


Consultoria:Dra. Bianca Lustosa
www.clinicariancampelo.com.br

Pé Diabético. Complicação Negligenciada


A prevenção mais uma vez, é o fator determinante, pois o Pé Diabético pode resultar em risco de vida decorrente de infecção generalizada ou, mais frequentemente, terminar em amputação. Dados mostram que o diabetes é responsável por 85% das amputações não traumáticas

O diabetes é uma epidemia mundial. Estima-se que 6% da população mundial têm diabetes. Esta doença caracteriza-se pela elevação dos níveis de glicose no sangue. Este açúcar elementar é fonte de energia para as células e é imprescindível para nossa vida. Quem controla os níveis de glicose no sangue é a insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas. Em situações em que o pâncreas não produz insulina suficiente, ou quando a insulina liberada não faz plenamente o efeito, ocorre o acúmulo de glicose no sangue - a hiperglicemia. A glicose quando mantida elevada durante longos períodos tem efeito tóxico nas células, principalmente os vasos e nervos.
Como conseqüência, os órgãos alvos das complicações crônicas do diabetes são vítimas da glicotoxicidade: os rins, retina, artérias e os pés.
Mas por que os pés? Ocorre uma seqüência de fatores determinantes: a neuropatia (lesão dos nervos), a vasculopatia (falta de irrigação sangüínea) e infecção. O paciente com diabetes de longa data pode apresentar lesão nos nervos responsáveis por fornecer todas as informações como dor, tato e pressão. Os nervos também são responsáveis pela motricidade e pela manutenção da umidade pés. Quando a lesão neurológica acontece, o pé fica mais seco e vulnerável a ferimentos decorrentes de traumas. Ocorre uma limitação da capacidade de proteção dos pés, decorrente da perda da sensibilidade.
Os ferimentos, muitas vezes decorrentes de sapatos inadequados, formam úlceras que são porta de entrada de bactérias podendo causar infecções graves. Como fator agravante, a capacidade de defesa do diabético à infecção encontra-se reduzida. Como se não bastasse, quando o pé mais necessita de circulação para cicatrização, os vasos podem estar entupidos pelo acúmulo de placa de gordura, que também é intensificado pelo diabetes – a vasculopatia.
Infelizmente o pé diabético pode resultar em risco de vida decorrente de infecção generalizada ou, mais freqüentemente, terminar em amputação. O diabetes é responsável por 85 % das amputações não traumáticas.
A prevenção, mais uma vez, é o fator determinante relacionado à redução no número de amputações. Inicialmente, o controle rigoroso do diabetes – da glicemia - é fundamental para reduzir as lesões neurológicas e vasculares. Como na maioria das vezes um pequeno trauma nos pés desencadeia o processo, todos os esforços devem ser concentrados na prevenção de ferimentos nos pés. Por outro lado, a detecção precoce de neuropatia e/ou problemas circulatórios é muito importante para estratificar as pessoas com risco e, com isso, desenvolver a prevenção.
Para detectar pés com risco elevado, bem como diagnosticar lesões já estabelecidas, deve-se examinar sistematicamente os pés. O exame dos pés é raramente feito nas consultas rotineiras. O exame sistematizado dos pés tem como objetivo a detecção de neuropatia, de comprometimento da circulação e de lesões como: rachaduras, calosidades, micoses, pele seca e ulcerações. Os pacientes e familiares devem ser educados no sentido de examinar e cuidar dos pés.
A instalação dos fatores determinantes do pé diabético ocorre ao longo dos anos, entretanto o desencadeamento da infecção é uma situação de urgência. Não se deve ficar esperando por sintomas para que o diabético seja avaliado pelo profissional de saúde a procura de sinais de comprometimento. Todos os portadores de diabetes devem estar atentos e não negligenciar com os cuidados com os pés. No caso do pé diabético, temos que pegar no pé!

Veja abaixo alguns conselhos para os pacientes com comprometimento dos pés pelo diabetes.- Procure calos, cortes, rachaduras, bolhas e mudanças na cor da pele.
- Examine cuidadosamente entre os dedos.
- Lave os pés diariamente com água morna e sabão neutro.
- Não deixe seus pés de molho e não use bolsas de água quente.
- Seque bem os pés, principalmente entre os dedos e ao redor das unhas.
- Passe creme hidratante nas pernas e nos pés, mas nunca entre os dedos.
- Não corte os calos e não use produtos para retirá-los.
- Corte as unhas em linha reta e nunca as deixe muito curtas .
- Não retire as cutículas e os cantos das unhas.
- Não use canivete, gilete ou faca para cortar as unhas.
- Use meias de algodão sem costuras e sem elásticos, trocando-as diariamente.
- Não use calçados apertados, abertos, de bico fino e de salto alto.
- Use calçados fechados e macios sem costuras internas.
- Antes de calçar meias e sapatos, verifique se não há nada dentro deles que possa machucar os pés, como pregos, pedras ou furos.
- Não ande descalço, nem mesmo dentro de casa.


Consultoria:Dr. Antonio Carlos de Souza
www.angiomedi.com.br

Nova Quimioterapia


Oncologista Eduardo Johnson responde as dúvidas mais comuns em quimioterapia
Na entrevista, médico esclarece questões relacionadas a esse tipo de terapia, que, apesar de ter evoluído, ainda persiste a má fama pelos fortes efeitos colaterais causados pelo tratamento




Revista Ponto Cirúrgico - Como podemos definir quimioterapia? É um tratamento que complementa a cirurgia, podendo ser feita antes ou após uma operação, e como ela age?
Dr. Eduardo Johnson - Na verdade, quimioterapia é um termo genérico que indica qualquer tipo de tratamento através de medicamentos químicos. O termo quimioterapia ficou associado a tratamento quimioterápico antineoplásico nas suas diferentes formas de atuação contra o câncer. Há duas categorias principais; a adjuvante, ou seja, aquela realizada antes ou após uma cirurgia como uma forma de reduzir a chance de recidiva do tumor e a empregada quando já existe doença em outros órgãos (metástases).

RPC - A quimioterapia goza de má fama pelos fortes efeitos colaterais que apresentavam no passado. Qual a diferença na reação dos pacientes de hoje e de 25 anos atrás a esse tratamento?
A quimioterapia tradicional atua em todas as células que se multiplicam e por isso leva efeitos colaterais como queda de cabelo, ferida em mucosas, diarréia, queda dos glóbulos brancos e anemia, além de náuseas e vômitos. Atualmente, dispomos de medicamentos que reduzem muito esses efeitos e também os novos tratamentos são mais específicos, atuando quase que exclusivamente nas células tumorais, o que reduz os efeitos colaterais.

RPC - Quanto tempo dura a quimioterapia?
A duração da quimioterapia depende do seu objetivo. A quimioterapia adjuvante tem um período definido de tratamento que varia de 4 a 5 meses. As utilizadas na doença metastática não possuem um prazo definido, pois o objetivo é eliminar totalmente a doença ou mantê-la sobre controle, visando sempre uma melhora na qualidade de vida ou mesmo a cura do paciente dependendo do tipo do tumor.

RPC - Como é feita a quimioterapia para tratar o câncer de mama?
O câncer de mama, pela sua alta prevalência, é o que tem mais formas de tratamento e o mais estudado. A tendência atual é a análise do tumor através de testes imunohistoquímicos e genéticos para definir as características do câncer de mama e tratá-lo de forma personalizada.

RPC - Nos dias atuais, existem drogas que interferem nos mecanismos hormonais envolvidos nos tumores da mama. O senhor poderia falar sobre o tratamento hormonal?
A primeira seleção feita no câncer de mama é com relação ao “status” hormonal, receptores do estrogênio e progesterona positivos ou não. De acordo com esse resultado, é definido o tipo de bloqueador hormonal que deverá utilizar e também a necessidade ou não de quimioterapia e quais medicamentos mais indicados para o caso.

RPC - Quais são os cuidados após a quimioterapia?
Os cuidados após a quimioterapia variam de acordo com o esquema empregado. De uma maneira geral, a primeira aplicação é muito importante, pois existe variação de efeitos de uma pessoa para outra que depende da idade, das condições cardiológicas, renais e hepáticas e do próprio sistema enzimático. Portanto, os cuidados no primeiro ciclo de tratamento são redobrados, com exames de sangue mais frequentes e com ajustes de dose para prevenir complicações. Em todos os casos, qualquer episódio de febre (temperatura superior a 37.8º) deve ser comunicado ao médico, pois pode ser indício de infecção, que é uma emergência nestes pacientes. A ingestão de líquido é muito importante para manter uma boa função renal e evitar acúmulo de resíduos tóxicos. A higiene corporal e bucal deve ser redobrada e a alimentação adaptada às condições do paciente.

RPC - Há esquemas quimioterápicos que agem de forma diferente sobre as células normais. Alguns não fazem cair o cabelo e outros que provocam uma queda de 100% dos cabelos. Como a maioria dos pacientes reage diante da possibilidade de perder temporariamente os cabelos?
A queda de cabelo depende do tipo de quimioterápico utilizado. Alguns levam à alopecia total, que ainda é um efeito colateral considerado importante para manter a autoestima durante o tratamento. Procuramos sempre que possível utilizar medicamentos que evitem a queda; quando inevitável orientamos o corte do cabelo e confecção de perucas de alta qualidade, antes de ocorrer queda capilar. O paciente deve saber que ela é transitória e logo que termine o tratamento seu cabelo crescerá novamente.

RPC - Por que mulheres fazendo quimioterapia ganham peso, quando o esperado era que emagrecessem por causa desse tratamento potencialmente tóxico?
Os medicamentos atuais conseguem evitar náuseas e vômitos em mais de 90% dos casos. Como geralmente a paciente muda sua rotina de vida e fica mais sedentária, alimentando-se da mesma forma que antes é normal que ganhe peso. Recomendamos que tenha uma dieta balanceada de acordo com seu consumo energético e exercícios adequados para manter o peso, preocupação constante das mulheres. Outro fator que contribui é a menopausa precoce, causada pelos medicamentos e a contraindicação de reposição hormonal.

RPC - Nos últimos 25 anos houve grandes avanços e mudanças na quimioterapia. Como o Sr. vê o futuro da quimioterapia em relação a esses avanços e à qualidade de vida dos pacientes?
Existem pelo menos 100 medicamentos prontos para entrarem no mercado nos próximos dois anos e igual quantidade para daqui a 5 anos. Trarão um grande avanço no tratamento, aumentando as chances de cura e controle da doença, com menos efeitos colaterais, pois são drogas que atuam principalmente no metabolismo das células tumorais. Atualmente, esses medicamentos são quase sempre associados a quimioterápicos, mas no futuro isso pode mudar e a queda de cabelo não será mais um problema, assim como outras complicações graves.Denominamos terapia biológica para diferenciar termo quimioterapia, mas o objetivo é o mesmo:liquidar as células tumorais em qualquer ponto do organismo.

Considerações finais:
Para que se consigam melhores resultados o tratamento deve ser realizado sempre com a participação de um oncologista, que discuta com outro especialista a melhor abordagem inicial para determinado caso. Além disso, já se encontram disponíveis no mercado diversos testes genéticos e biológicos que devem ser realizados para entender melhor que tipo de tumor está sendo tratado, se existe um padrão de resistência para determinado caso. Se não houver confiança ou empatia médico-paciente procure uma segunda/terceira opinião, elas são importantes para que o tratamento inicial seja o melhor possível, pois a seqüência do tipo de tratamento muitas vezes não é a melhor, sendo imprescindível começar da melhor forma para não se perder a chance de cura. Esta consulta não fere a ética e considero que contribui para uma maior confiança no médico.



Consultoria:Dr. Eduardo Johnson
www.oncotek.com.br

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Gravidez de Risco


Em que consiste a gravidez de risco e como é possível identificá-la?

Gravidez de alto risco é toda gestação em que a mãe, ou feto, ou ambos tem um risco aumentado de Morbidade e/ou Mortalidade.
Um pré natal bem feito controlando a alimentação e peso materno, solicitando exames e ultrassonografias seriadas, permite detectar e diminuir o risco de uma gestação.


O acompanhamento médico é fundamental para manter uma gravidez saudável para a mãe e o bebê. Qual é a importância e o momento ideal para começar o pré natal?

O pré natal deve começar antes mesmo da gestação. A paciente deve fazer exames para confirmar a sua saúde e 03 meses antes começar a usar o ácido fólico (para diminuir os riscos de defeito neural no feto). Assim que a mesntruação atrasar deve-se fazer um BHCG para confirmar a gestação e em seguida procurar o seu médico.

Se a primeira gravidez for de risco, quais são as chances de as próximas também serem e como isso pode ser evitado?

Algumas situações podem se repetir em gestações futuras aumentando assim o risco nas próximas gravidezes, tais como:Hipertensão arterial, trombose,malformação fetal,diabetes,retardo do crescimento fetal

A situação econômica ou psicológica da mãe pode interferir na vida saudável gravidez?

Um pré natal bem feito é composto por um médico atento, serviço especializado, boa alimentação, repouso em alguns momentos, exercícios supervisionado e apoio psicológico. Infelizmente isso requer uma situação econômica razoável, que não é o perfil da maioria das mulheres brasileiras.
Do ponto de vista psicológico qualquer alteração nesta área pode aumentar as contrações. A situação emocional da gestante vai repercutir no feto,positivamente ou negativamente, dependendo da emoção;interferindo no crescimento ou desenvolvimento fetal.

Os bebes vindos de gravidez de risco tem maiores chances de nascer com problemas de saúde?

Os recém nascidos oriundos de uma gestação de alto risco não necessariamente terão problemas de saúde. Os problemas estão relacionados com a prematuridade e grau de repercussão da patologia materna no feto.

As mães que sofrem com hipertensão podem ter são mais propensas a ter uma gravidez de risco?

Sim. A gravidez aumenta o volume sanguíneo em 40 à 60%, além das alterações imunológicas e com isso aumenta mais ainda a possibilidade da elevação da pressão arterial.

A ingestão de bebidas alcoólicas antes ou durante a gravidez pode prejudicar o feto?

Sim. Está proscrito em todo o pré natal o uso de álcool e tabaco na gestação.
Quanto ao tempo de duração da gravidez, os partos prematuros ou as gestações prolongadas podem ser consideradas de risco?
Uma gestação normal deve ocorrer entre 37 a 41 semanas. Se o parto ocorrer fora deste intervalo, pode prejudicar o feto. Quanto mais eu me afasto deste período para mais ou para menos os riscos são maiores. A maior causa de internação nas UTIs neonatal de todo o mundo é a prematuridade.

O histórico ginecológico e obstetrício da mulher pode interferir em uma gestação saudável?

O histórico da paciente é muito importante para a gestação futura:se ela tem ciclos irregulares,útero malformado,partos prematuros ou gestação problemática anterior, malformação fetal aumenta o risco da gestação.

Quais são os cuidados que a mãe deve ter em relação à alimentação e higiene para manter a gestação tranqüila e saudável?

Os hormônios da gravidez tem ação tem ação diabetogênica permitindo que a gestante engorde com facilidade aumentando o risco de hipertenção, diabetes gestacional.
O controle do peso materno é crucial para a manutenção da saúde da mãe e do feto.
A imunidade da mãe cai, a paciente perde vitaminas, proteínas e cálcio para o feto, por isso uma boa higiene bucal e corporal evitam focos de infecção.

Para as mães que têm ou já tiveram alguma doença sexualmente transmissível, quais são os cuidados recomendados?

Durante o pré natal as gestantes passam por exames para detectar as DST,, devido ao risco de infecção fetal por via sanguinea ou pelo trajeto de parto. São realizadas pesquisas para:HIV, HPV, Clamydia, Herpes, Streptococcus, Sífilis, HTLV e Gonorréia.

A prática de esportes é saudável em que período da gravidez? Alguma modalidade não deve ser recomendada as futuras mamães?

O exercício físico na gestação é importantíssimo para melhorar a respiração e a circulação materna, a musculatura das costas e períneo. Porém deve se evitar exercícios de impacto e priorizar exercícios aeróbicos e na água.
Durante os exercícios é preciso controlar a frequencia cardíaca e pressão arterial. Os exercícios são liberados a partir da 12ª semana de gestação.

Durante consultas e tratamentos médicos, alguma precaução deve ser tomada em relação a exames e medicamentos?

Nem todos os exames e medicamentos são permitidos na gestação, por tanto pergunte ao seu médico antes de realiza-los ou taxa-los.

Qual sua mensagem final para nossos leitores e futuras mamães que sofrem com este problema?

O pré natal é a manutenção da saúde materna e fetal. Deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar, dedicada, atualizada e equipada para atingir o sucesso ao final desta maravilhosa jornada.



Consultoria: Dr. Fernando Ramos
www.cemef.com.br

Teste da Orelhinha: quando deve ser feito e sua utilidade


O exame, que passou a ser obrigatório por lei sancionada recentemente pelo presidente Lula, detecta a deficiência auditiva desde o nascimento, possibilitando diagnóstico e tratamento precoce e prevenindo eventuais problemas e distúrbios na área da comunicação


1 - O que é o teste da orelhinha?

Dra. Marilene Oliveira - É a triagem auditiva neonatal universal. Com a sanção da lei nº 12.303 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 02 de agosto de 2010, passou a ser obrigatória a realização do exame denominado Emissões Otoacústicas Evocadas. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União em 03 de agosto.

2 - Todo bebê está sujeito a apresentar possíveis problemas auditivos ao nascer ou adquiri-los nos primeiros anos de vida? Como marcar o teste?

Dra. Marilene Oliveira - Sim. Porque as intercorrências são pré, peri ou pós-natais. Nós primeiros anos de vida, geralmente, as crianças estão mais propícias às infecções das vias aéreas superiores, a quedas, podendo ocorrer perda da consciência e traumatismo crânio- encefálico, dentre outros. Os dados da OMS revelam que 40% das gestantes têm alguma complicação. No Brasil, 36,5% dos casos de deficiência auditiva em crianças foram associados a intercorrências durante a gestação. O teste é marcado tanto na rede privada, quanto na rede pública.

3 – Em que consiste e como é dado o resultado?

Dra. Marilene Oliveira - Consiste na técnica mais usada mundialmente e autorizada pela lei, que é o exame de Emissões Otoacústicas Evocadas/EOA. O procedimento é realizado por um fonoaudiólogo, através de um aparelho que emite estímulos acústicos de fraca intensidade, abrange uma vasta gama de frequências, o que permite a estimulação da cóclea como um todo. Com a captação do retorno do estímulo, o “eco” das emissões do aparelho registra o funcionamento da cóclea e de estruturas internas da orelha. Caso positivo, o bebê não tem perda auditiva e o resultado é dado ao término do exame. É um método objetivo, rápido, indolor, não invasivo, não tem contraindicação.

4 – Qual a sua finalidade? E que problemas podem ser prevenidos através desse exame?

Dra. Marilene Oliveira - Detectar a deficiência auditiva desde o nascimento, possibilitar o diagnóstico e tratamento precoce e prevenir eventuais problemas e distúrbios na área da comunicação como um todo. Assim, o desenvolvimento da criança poderá ser semelhante ou muito próximo de uma criança ouvinte.

5 – O teste da orelhinha tem de ser feito no mesmo dia do nascimento?

Dra. Marilene Oliveira - Não. Preferencialmente, após 24h após o parto, mas isto não quer dizer que o bebê não possa realizar o teste antes disso se puder receber alta logo no primeiro dia quando realizado na própria maternidade. De acordo com o Comitê Brasileiro sobre Perdas Auditivas na Infância, a identificação da deficiência auditiva (diagnóstico), deve ser realizada até os primeiros três meses e a intervenção iniciada até seis meses de vida.

6 – Existem fatores de riscos durante a gravidez que possam elevar o percentual de surdez do bebê?

Dra. Marilene Oliveira - Sim. As infecções congênitas, como citomegalovírus, herpes simples, rubéola, toxoplasmose, além destas, o uso de drogas, alcoolismo, tabagismo, ototóxicos, uso de abortivos, dentre outros.

7 - Todos os recém-nascidos devem fazer a triagem auditiva neonatal, mesmo que a gestação e o parto tenham ocorrido sem alterações, ou algum indicador de risco?

Dra. Marilene Oliveira - Sim, independente de qualquer fator de risco, a triagem auditiva é de extrema importância. As pesquisas apontam que, em bebês normais, a surdez varia de 1 a 3 em cada 1000 mil nascidos, e, em bebês na UTI neonatal, varia de 2 a 6 em cada 1000.

8– A observação que a família faz das reações do bebê frente aos sons pode substituir a triagem auditiva neonatal?

Dra. Marilene Oliveira - Não. Os sons que o bebê escuta na sua rotina diária, são fortes, ou seja, de alta intensidade. Os sons emitidos pelo aparelho de otoemissão são de fraca intensidade e nas frequências da fala, mas as observações que a família faz têm sua importância. A criança para aprender a falar, precisa ouvir os sons da fala, alguns são bem fracos.

9 – Se confirmada à perda auditiva, quais serão os procedimentos a serem tomados?

Dra. Marilene Oliveira - Quando o bebê falha no teste da orelhinha, o profissional deve encaminhá-lo para um serviço de diagnóstico, realização de outros exames, otorrinolaringologista. O mais importante é completar o diagnóstico antes dos três meses de idade. Se confirmado a perda auditiva, os procedimentos geralmente são a seleção e indicação de aparelho de amplificação sonora individual/AASI e terapia fonoaudiológica para o desenvovimento da linguagem.

10 – É necessário continuar avaliando a audição dele, ou se passou no teste da orelhinha não precisa mais?

Dra. Marilene Oliveira - Sim. Porque são de risco para perda adquirida, progressiva e/ ou transitória. Portanto, a avaliação audiológica e acompanhamento do desenvolvimento auditivo devem ser realizados.

11 – Além do teste da orelhinha, a audição da criança deve ser testada em alguma outra etapa da vida da criança?

Dra. Marilene Oliveira - Sim. Principalmente as crianças com risco de perda auditiva adquirida e /ou progressiva, recomendam-se reavaliações a cada seis meses durante os três primeiros anos de vida. Pesquisas já verificaram alta prevalência de perdas adquiridas com 1 ano de idade, principalmente aquelas com baixo peso ao nascimento, desconforto respiratório, displasia bronquio-pulmonar e ventilação mecânica por mais de 36 dias. O Comitê de perdas auditivas sugere ainda o acompanhamento do desenvolvimento da linguagem e da audição de todas as crianças independentemente da presença de risco para deficiência auditiva.

12 – O teste é obrigatório por lei. E porque ainda é tão difícil a realização e acesso ao teste?

Dra. Marilene Oliveira - Na rede privada não há dificuldade para realização. Essa dificuldade é encontrada geralmente na rede pública (segundo informações colhidas com os pais). Creio eu, que seja, pela falta de adaptação do sistema nos hospitais e maternidades, aquisição do equipamento, contratação de pessoal, ou seja, fonoaudiólogos e médicos para suprir a demanda.

13 – O diagnóstico após os seis meses traz prejuízos ao desenvolvimento da criança?

Dra. Marilene Oliveira - Sim. As pesquisas evidenciam que crianças com diferentes graus de deficiência auditiva, correlacionando a época da intervenção com o desenvolvimento da linguagem, observou-se que, crianças com intervenção antes dos seis meses de idade, independentemente do grau da deficiência auditiva, apresentaram desenvolvimento linguístico e cognitivo normais.

14 – É preciso algum cuidado especial para fazer o exame? Quais são os riscos para perda de audição na criança maior?

Dra. Marilene Oliveira - Sim. As orelhas, externa e média, devem estar saudáveis, a sonda deve estar adequadamente ajustada ao conduto auditivo externo, o ruído ambiental deve ser controlado, o paciente deve estar silencioso (importante considerar a respiração dos recém-nascidos, que pode ser ruidosa), preferencialmente realizar o exame com a criança em sono natural. Para as crianças maiores, geralmente as causas mais frequentes são as otites médias e suas complicações, o sarampo, a caxumba, meningite bacteriana, encefalite, drogas ototóxicas, traumas cranioencefálicos, traumas acústicos, diabetes mellitus, doenças autoimunes, otoesclerose,tumores do nervo auditivo, dentre outras.

Quais são as suas considerações finais. A Dra. gostaria de deixar alguma mensagem aos pais e os que pretende ainda ser?

É importante ressaltar que a fase de zero a cinco anos de idade é decisiva para formação psíquica do ser humano, uma vez que ocorre o ativamento das estruturas inata genético-constitucionais da personalidade, e a falta do intercâmbio auditivo-verbal, traz para o deficiente auditivo prejuízo ao seu desenvolvimento global.
Pais de crianças que não fizeram o “teste da orelhinha” devem verificar se o filho é um pouco desatento ou, já na fase escolar, se apresenta problemas de aprendizagem, notas baixas, não consegue assimilar o conteúdo ensinado, dentre outros. Ao desconfiar que o filho apresente alguma dificuldade para ouvir, os pais devem consultar logo um especialista, A partir daí, é indicado o tratamento mais adequado. Muitas vezes o uso de aparelho auditivo resolve o problema. Atualmente existem aparelhos muito discretos, específicos para criança.



Consultoria: Dra. Marilene Oliveira.
Clínica Expressão Edifício De Clínicas - Brasília/DF

Cross Link: Nova Técnica no tratamento do Ceratocone e Ectasias de córnea



Esse é o mais recente método utilizado para o tratamento do Ceratocone e Ectasias de córnea no qual através do uso de uma substância natural chamada Riboflavina (vitamina B2) que, associada à luz Ultravioleta A de 370 µm, cria novas ligações entre as moléculas de colágeno da córnea, aumentando sua resistência e rigidez
A nova terapia é um eficiente aliado contra o Ceratocone, distrofia mais comum da córnea, que afeta uma em cada mil pessoas, ocorrendo em populações em todo o mundo. Geralmente, é diagnosticado em pacientes adolescentes e apresenta seu estado mais grave na segunda e terceira década de vida.
O paciente portador de ceratocone tem a necessidade de ter a sua visão restaurada para que possa retomar a sua vida da melhor maneira possível. É comum estes pacientes procurarem por várias opções de tratamento.
Entretanto, nem sempre as coisas são tão fáceis e é muito comum esses pacientes consultarem com mais de um especialista para verem uma "luz no fim do túnel”. O problema é quando esta luz é de um trem vindo em sua direção. A abordagem desses pacientes deve ser diferenciada; são pacientes com necessidades especiais, e criar expectativas muito otimistas pode levar a uma grande frustração por parte tanto do paciente, de seus familiares (que sofrem junto), como do próprio médico.
Nesta última década, tivemos grandes inovações nos tratamentos disponíveis para o ceratocone, desde as técnicas e tecnologias de transplante de córnea até cirurgias menos invasivas como o implante de anel intracorneano (ou intraestromal) e o próprio crosslinking.
Pacientes com ceratocone, geralmente, apresentam-se inicialmente com astigmatismo leve, principalmente no início da puberdade, sendo diagnosticados com a doença no final da adolescência ou início da segunda década de vida. Em raros casos, o ceratocone pode ocorrer em crianças. O desenvolvimento da doença pode ser bastante variável, com alguns pacientes mantendo-se estáveis por anos ou indefinidamente, enquanto outros progridem rapidamente ou têm exacerbações ocasionais após um longo e até então período de estabilidade. Mais comumente, o ceratocone progride por um período de dez a vinte anos antes que o curso da doença geralmente cesse.
A nova terapia fortalece a córnea e evita a progressão da doença, o que permite que muitos pacientes permaneçam em estágios iniciais, evitando a evolução para transplante de córnea.
Na entrevista a seguir, o oftalmologista Cláudio Fernandes fala sobre o tema, fazendo raios-X completo do tratamento à base do Cross Link.


RPC - O que é Cross Link?

Dr. Claudio - é o mais novo tratamento do ceratocone em evolução, com estabilização da evolução da doença.

RPC -O que é Ceratocone?

Dr. Claudio – É uma doença degenerativa da córnea (lente de 50 graus do nosso olho), acomete uma pessoa a cada 1.000, ocorrendo em todo mundo e todas as etnias, principalmente pessoas com alergia ocular apresentando prurido (coceira) nos olhos. Que provoca uma deformação em forma de cone com distorção da visão, normalmente inicia aproximadamente entre 1ª e 2ª década de vida. Evoluindo com a piora da visão, o diagnóstico se dá pela acuidade visual, variação da refração, Biomicroscopia, Topografia de córnea, Orbscan, Pentacan, entre outros métodos em estudo para avaliar a elasticidade da córnea e da topografia corneana.Tendo como tratamento óculos na fase inicial (incipiente) lente de contato rígida em 90% dos casos, Cross Link e Anel de ferrara, e nos casos mais severos transplante de córnea (em 10% dos casos).

RPC - Quando é indicado o Cross Link?

Dr. Claudio – É indicado para ceratocone e ectasia de córnea pós-cirurgia refrativa.Hoje é uma opção bem menos agressiva que o anel de ferrara e o transplante de córnea, podendo estabilizar e evitar a progressão do ceratocone; é também indicado nas ectasiacórneana pós-cirúrgicas a Laser, pois proporciona maior rigidez da córnea.

RPC -Como é o procedimento cirúrgico do Cross Link?

Dr. Claudio – tem que ser realizado em um centro cirúrgico com anestesia tópica (só colírio) com microscópio cirúrgico. É retirado o epitélio da córnea (raspagem) com instrumento especial, colocamos gotas de Riboflavina 0,1% (vitamina B2) de 5/5 min. 6vezes para penetração da córnea. Em seguida é colocado sob o aparelho de Cross Link com afastador de pálpebras (para manter os olhos abertos) o aparelho emitiráradiações ultravioleta “A” de 370 mm (para não lesar o olho) por 30 min, com riboflavina 0,1% 5/5 min. Depois é lavada com BSS e colocada uma lente de contato terapêutica durante 3 a 5 dias, depois a lente de contato é retirada pelo oftalmologista (quando o epitélio já está reeptelizado).

RPC - Como é o pós-operatório?
Dr. Claudio – será prescrito uso de colírios e analgésico com avaliação periódica com o oftalmologista.
O resultado com a estabilidade do ceratocone e ectasia no pós-operatório e retorno da visão aproximadamente varia de 03 a 06 meses.

RPC— Quais são os riscos?

Dr. Claudio – os riscos são mínimos, podendo ocorrer infecção (pela retirada do epitélio) e opacificação endotelial inicial que melhora entre 03 e 06 meses.

RPC - Pode usar lentes de contato corretivas após a cirurgia?

Dr. Claudio – após o período de cicatrização, é possível usar lentes de contato.

CONCLUSÃO:

Cross Link é um procedimento seguro, eficaz para o controle e estabilidade do ceratocone em evolução e ectasiacorneana.
Para mais esclarecimento consultar um oftalmologista


Consulltoria: Dr. Claudio Fernandes.
www.ipooftalmologia.com.br

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA


A trombose venosa profunda (TVP) ocorre em decorrência da formação de trombos, que são coágulos que se transformam dentro das veias, geralmente iniciando nas pernas. A grande importância desta doença está na gravidade de suas complicações que, em muitas vezes, levam à morte. Estudos realizados nos Estados Unidos mostraram que, por ano em torno de 500 mil pacientes hospitalizados apresentam TVP.

A complicação mais grave acontece em decorrência do deslocamento do trombo, das veias dos membros para as artérias pulmonares. Quando isso acontece, obstrui essas artérias e é chamado embolia pulmonar; que na dependência da intensidade, pode levar à morte. Além da embolia, que acontece nos primeiros dias da trombose venosa, o paciente pode permanecer com seqüela decorrente do processo de formação de trombo nas veias, ocasionando alterações, muito tempo depois, no membro afetado. Estas seqüelas vão desde o inchaço crônico até a abertura de feridas. Estas manifestações tardias advêm da lesão das válvulas venosas causadas pelo trombo. Ao longo do tempo, o trombo desaparece parcial ou totalmente , levando, além do impedimento do fluxo sanguíneo no sentido normal, ao refluxo.
A TVP decorre de três mecanismos básicos: em situações em que o sangue passa pela veia numa velocidade menor que a normal; quando o paciente apresenta alguma predisposição para formação de tombos; ou quando é vitima de algum trauma na parede da veia. O fluxo venoso depende muito da contratura muscular, ou seja, da movimentação, para que ocorra normalmente. Alguns fatores, como a idade acima dos 40 anos, obesidade, varizes, câncer e imobilização prolongada são considerados, dentre outros, predisponentes à TVP. Portanto, pessoas
que ficam acamadas por tempo prolongado, como é o caso daquelas que são submetidas a cirurgias, e as que fazem viagens prolongadas, apresentam também maior risco.
É possível reduzir o risco de tromboembolismo venoso com medidas específicas, de acordo com a intensidade do risco de uma determinada pessoa. Conhecendo os fatores de risco, pode-se estratificar o risco em baixo, médio ou alto e, com isso, introduzir a profilaxia adequada para cada faixa. Não é exagero que todo paciente com algum fator de risco para tromboembolismo venoso como varizes, por exemplo, e que vai ser submetido a um procedimento cirúrgico prolongado, passe por uma avaliação de risco de tromboembolismo e, com isso, se tome as medidas para reduzir esse risco, notadamente de embolia pulmonar fatal.
Alguns pacientes podem apresentar TVP em decorrência de uma tendência genética. Neste caso, se for detectada alguma tendência genética de formar trombos, denomina-se trombofilia hereditária. Toda vez que uma pessoa ainda jovem apresenta TVP, principalmente se têm parentes que já apresentaram trombose, deve-se investigar a presença das trombofilias hereditárias. Por outro lado, a TVP pode denunciar a presença de alguma doença escondida, como o câncer.
Dor e inchaço na panturrilha são as queixas mais comuns dos pacientes com TVP. Mas, infelizmente, a embolia pulmonar pode ser a primeira manifestação, sem nenhuma alteração nas extremidades. Na suspeita, deve-se realizar exames complementares para que se confirme o diagnóstico. Os princípios do tratamento são a utilização de anticoagulantes. Este diagnóstico e o tratamento devem sempre ser acompanhados pelo Angiologista. Em alguns casos, pode ser necessário a colocação de um filtro de veia cava. Este filtro impede que os coágulos formados nas pernas migrem para os pulmões e leve à embolia pulmonar.


Consultoria: Dr. Antonio Carlos de Souza
www.angiomedi.com.br

Terapia Personalizada em Oncologia


Esse tratamento é aplicado em pacientes com câncer de pulmão e cólon metastáticos, além de tumores em cabeça, pescoço e pulmão, permitindo o uso de cerca de 200 novos medicamentos colocados no mercado, que trará grande economia de recursos, beneficiando milhares de pacientes

A Oncologia exige aperfeiçoamento e atualizações constantes. Nos próximos 5 anos, aproximadamente 200 novos medicamentos serão colocados no mercado. O padrão atual da escolha terapêutica, baseada em comparações entre os esquemas, necessita de um grande número de pacientes, mas, com a entrada desses novos medicamentos, não será mais viável.
Atualmente, o tratamento oncológico adequado utiliza testes específicos para determinar o padrão de resposta, resistência e toxicidade de cada medicamento, além das características genéticas do paciente. Passaremos de uma fase empírica, baseada apenas em dados estatísticos de estudos fase 3, para dados concretos definidos pela característica genética e biológica de cada tumor.
O benefício clínico e a economia gerada por esses procedimentos são enormes. Utilizamos medicamentos com menor toxicidade e maior eficácia. As complicações são reduzidas e, consequentemente, a internação dos pacientes. A redução do preço dos exames genéticos permitirá uma escolha adequada do tratamento, evitando o uso de medicamentos de alto custo com padrão de resistência elevada para determinado paciente.

Outra questão fundamental é que, principalmente em pacientes portadores de câncer de mama ou de cólon, uma grande percentagem utiliza quimioterapia profilática (adjuvante) sem qualquer beneficio. Em mulheres submetidas à cirurgia para câncer de mama, se a análise imuno-histoquimica demonstrar presença de receptor hormonal (estrogênio e progesterona) é necessário que o tumor (que se encontra armazenado em blocos de parafina) seja analisado por um dos testes genéticos disponíveis, para definir se a quimioterapia é necessária. Na maioria das vezes, apenas o uso de tratamento hormonal via oral (tamoxifeno ou inibidor de aromatase) é suficiente. Entre os testes disponíveis o Oncotype DX é o mais utilizado nos Estados Unidos e no Brasil. Ele fornece informações fundamentais para a condução adequada de cada caso e, apesar do preço elevado, o custo-benefício para os planos de saúde é significativo, pois muitas vezes evita o uso de uma quimioterapia que pode durar mais que seis meses e com valor muito mais elevado que o teste. Além de poupar as pacientes de medicamentos com efeitos colaterais, entre os quais se inclui a queda de cabelos.
Por outro lado o teste pode indicar que existe realmente a necessidade de um tratamento adicional que será, então, aceito com mais tranquilidade pelas mulheres. O mesmo acontece com pacientes submetidos à retirada do intestino grosso (colectomia) por câncer; eles podem ser curados apenas com a cirurgia, e a realização de testes genéticos permitem definir este grupo e, se necessário, selecionar o medicamento mais indicado para cada caso.
A terapia personalizada é aplicada em pacientes com câncer de pulmão metastático. Aqueles que possuem determinadas mutações no gene EGFR se beneficiam da droga oral Erlotinib (Tarceva), com ampla vantagem sobre qualquer tratamento quimioterápico.
A terapia personalizada permitirá a utilização dos novos medicamentos, devido à economia de recursos. O medicamento Erbitux (Cetuximab), anticorpo monoclonal utilizado em pacientes com câncer de cólon metastático, além de tumores de cabeça, pescoço e pulmão, não funciona em pacientes cujo tumor tem mutação KRAS, racionalizando o custo e a eficácia da droga. A pesquisa de biomarcadores (como são chamados os testes que indicam a resistência ou efeito positivo de um medicamento) é atualmente carro chefe de diversas pesquisas em todo o mundo.
A Oncotek investe e aplica diversos testes, analisando o tumor e o paciente, definindo sempre que possível o melhor e menos tóxico tratamento a ser utilizado.

Mensagem final

As pacientes com diagnóstico de câncer de mama devem ficar atentas quanto à indicação de quimioterapia adjuvante (profilática), pois nem sempre ela é necessária. Além disso, existem fatores, tanto genéticos quanto medicamentosos, que podem interferir na eficácia de um remédio, tendo como exemplo o Tamoxifeno, usado na terapia hormonal, que é influenciado pelo gene CPY2D6, reduzido em cerca de 10% das mulheres e bloqueado por diversos antidepressivos de uso frequente. O futuro já chegou e os testes genéticos e moleculares são cada vez mais utilizados para o benefício de milhares de pacientes.


Consultoria: Dr. Eduardo Johnson
www.oncotek.com.br

Kosmein: ciência a favor da beleza


Na luta contra o tempo, manter-se bonita exige dedicação. Consciente das modificações estruturais que atingem a mulher moderna, a Kosmein oferece ao seu corpo um tratamento único e diferenciado

A busca incessante pela beleza toma conta da vida de milhares de homens e mulheres pelo mundo todo. A cada dia surgem novos produtos que promovem grandes evoluções na indústria cosmética. Dentro deste contexto, está a Kosmein, marca brasiliense que desenvolve cosméticos de alta tecnologia de acordo com as necessidades dos consumidores.
A linha de cosméticos Kosmein (palavra que, em grego, significa embelezamento) atua no corpo de forma idêntica aos processos vitais, auxiliando o metabolismo do organismo. O resultado é o prolongamento da juventude e o retardo do envelhecimento da pele. Mais que palavras, beleza e estética são meios de manifestar personalidade.
“A Kosmein é um estilo de vida que pretende alcançar o equilíbrio entre a beleza e o bem-estar, trabalhando de maneira sinérgica às estruturas do seu corpo, respeitando às necessidades de cada região. Utiliza extratos naturais, por meio dos biorestintuintes, que reconstroem e estimulam a pele. Os resultados são inigualáveis”, garante Romelita Tokarski, farmacêutica e diretora da empresa.
A empresa utiliza matérias-primas nobres e a mais alta tecnologia para elaboração de seus produtos. São xampus, condicionadores, hidratantes, sabonetes, protetores solares, esfoliantes, máscaras hidratantes, tonificantes, desodorantes. Enfim, uma diversidade de produtos voltados para o bem-estar e a qualidade de vida do consumidor moderno.

Um dos produtos desenvolvidos pela Kosmein é o RLTM2. Sua fórmula é baseada em um sistema hidratante multiprotetor, rico em emolientes e agentes hidratantes. Além de manter o nível adequado de hidratação, o produto ajuda a combater os danos causados à pele pelo meio ambiente.

O sistema hidratante multiprotetor conserva a pele hidratada por 24 horas, após uma única aplicação; impede a evaporação da água das camadas da pele para o ambiente, por meio da formação de um filme protetor; aumenta a elasticidade da pele - por garantir o teor hídrico adequado; preserva o equilíbrio da cútis e mantém a barreira cutânea adequada, o que resulta em uma pele preservada e em estado ideal.

Há também o creme para as mãos, desenvolvido com óleo de purcelim. O hidratante cria um filme protetor sobre a pele, protegendo suas mãos contra os agentes agressores externos, como os detergentes, cloro e sabões. Promove uma hidratação contínua, eliminando o ressecamento e dando às mãos maciez e um aspecto jovem e saudável.

O creme para os pés é elaborado com uréia composta e derivados vegetais. Sua composição evita o ressecamento que origina a formação de calos, descamações e rachaduras. Sua potente ação hidratante proporciona conforto e bem-estar.

Ainda há a linha Copaíba, criada especialmente para as peles oleosas. Os produtos desta linha regularizam a oleosidade da pele, desobstruindo os poros, além de promover uma higienização eficaz que evita a formação de acnes.

A linha Apricot é destinada às peles normais e secas. Os cosméticos são formulados com o extrato da planta, que é rico em minerais, oligoelementos e vitaminas. Sua utilização constante favorece a manutenção da elasticidade da pele, devido a sua ação profundamente nutritiva e revitalizante.

“As pessoas sentem na pele os resultados destes 30 anos de dedicação. Nosso aperfeiçoamento tem sido constante, pois, a cada dia, aprimoramos mais os nossos serviços para que os exigentes consumidores tenham em mãos produtos de alta qualidade”, finaliza Romelita Tokarski.

Legenda: “O uso contínuo do hidratante RLMT2 promove profunda hidratação da pele, mesmo nos períodos de seca”, explica Romelita Tokarski


Consultoria: Dra. Romelita Tokarski
www.farmacotecnica.com.br

Reconstrução Mamária


Em entrevista à RPC Saúde & Estética, o cirurgião Ognev Cosac fala sobre os benefícios dessa cirurgia que recompõe essa delicada parte do corpo feminino, tão essencial para sua autoestima

O que é reconstrução mamária? E quais são seus benefícios?

A reconstrução mamária é um procedimento cirúrgico que visa recompor o volume e/ou a forma da mama em deformidades mamárias congênitas ou adquiridas. Os seus benefícios estão fortemente ligados à imagem corporal, muitas vezes resgatando a autoconfiança e a autoestima da pessoa, oferecendo a ela uma qualidade de vida melhor e uma convivência mais saudável com o seu meio familiar, profissional e social.

Em que momento é feita a escolha pela opção da reconstrução mamária?

A partir do diagnóstico da deformidade ou da patologia que irá provocar uma mutilação da mama, a reconstrução já pode começar a ser planejada. Cerca de 10 a 12% da população feminina tem ou vai ter câncer de mama no decorrer da sua vida, e esta é a maior consequência das deformidades mamárias. O tratamento do câncer de mama exige uma equipe multidisciplinar e o mastologista juntamente com o cirurgião plástico devem fazer um planejamento conjunto para oferecer ao paciente uma maior segurança oncológica juntamente com a menor deformidade possível para aquele caso.

Como é feita a reconstrução mamária utilizando tecidos próprios?

Quando é possível fazer uma cirurgia conservadora podendo retirar apenas uma parte da mama, se reconstroi essa mama com os tecidos que sobrou da própria mama. Pode ser também com tecidos vizinhos e também com tecidos do abdome inferior quando ele é redundante.

E com implantes de mama?

Quando não tem volume suficiente na mama ou no abdome, é necessário usar próteses de silicone e/ou expansores de tecidos para repor pele e volume mamário para reconstruir a mama. Dependendo do caso, se faz necessário trazer pele por meio de um retalho miocutâneo ou microcirúrgico de outra região (dorsal, abdominal ou glútea).

Toda mulher que se submeteu a um tratamento de câncer de mama necessita da reconstrução mamária?

Não necessariamente. A mastologia e a oncologia, entre vários fatores, avaliam o tamanho do tumor e seu potencial de agressão. Sendo assim, existem cirurgias mais conservadoras, as quadrantectomias, que retiram apenas parte da mama, não sendo necessária uma reconstrução propriamente dita, mesmo assim as equipes de mastologia e cirurgia plástica devem trabalhar em conjunto para definir a melhor estratégia de tratamento. Necessário também avaliar as contra indicações para as reconstruções mamárias, que estão relacionadas com doenças sistêmicas, condições clínicas, idade, necessidade de tratamentos oncológicos, entre outros; e, sobretudo, o desejo da paciente.

O que pode ser feito para diminuir a diferença com relação à mama normal?

Quando a mama reconstruída fica com características muito diferentes da mama sadia, uma plástica mamária de simetrização se faz necessária. Atualmente está em voga a realização de mastectomia bilateral, sendo curativa ou profilática. Quando este procedimento é indicado, se faz a reconstrução também bilateral diminuindo as assimetrias.

Muitas vezes a auréola e o mamilo são retirados após a mastectomia. Como pode ser feita essa reconstituição?

Existem diversas técnicas para essa finalidade. O mamilo pode ser feito com um pedaço do mamilo contralateral, da orelha, da língua, dedo do pé, ou ainda com pequenos retalhos locais. Já a auréola se reconstroi com enxerto de pele das pálpebras, dos pequenos lábios vaginais ou da virilha. O uso de tatuagens também podem ser utilizados.

A reconstrução mamária irá interferir no tratamento do câncer?


Não. Por esse motivo é que a tendência nos dias atuais é de se optar pela reconstrução de mama imediata, ou seja, no mesmo ato operatório de retirada do câncer de mama, podendo a paciente realizar o tratamento posterior de quimioterapia e radioterapia, quando indicados.

A cirurgia da reconstrução mamária pode apresentar riscos ou complicações?

Sim. Como qualquer procedimento cirúrgico, ela é passível de complicações, dependendo das doenças prévias existentes e das peculiaridades inerentes à técnica cirúrgica escolhida. Por isso, a cirurgia deve ser feita por um profissional habilitado para tal fim, no caso um cirurgião plástico, que avaliará essas variáveis e discutirá com o paciente a melhor forma de tratamento, as possíveis complicações, e as orientações pós-operatórias. Além disso, existem os riscos da anestesia.

Quais são os desconfortos provocados pela cirurgia?

Eles podem variar de acordo com a técnica de reconstrução proposta, mas, no geral, as pacientes sentem dormências transitórias nas áreas operadas, inchaço e dores nesses locais.

Quais cuidados que devem ser tomados após a cirurgia?

Entre eles, citamos o repouso de atividades físicas, evitar sol, calor, fumo, movimentos amplos dos braços e o acompanhamento médico ambulatorial para avaliação da área operada, sendo indicada a fisioterapia para reabilitação motora e drenagem linfática.

E quanto à prática de exercícios, quando a paciente poderá fazer exercícios?
Geralmente, após trinta a sessenta dias, a paciente está apta a realizar suas atividades físicas habituais.

Como será a cicatriz da cirurgia de reconstrução?

Temos dois aspectos a avaliar: o local da cicatriz e a qualidade da mesma. O local dependerá da técnica empregada, do local e tamanho do tumor, podendo ser uma cicatriz nas costas na linha do sutiã, no abdome inferior, na axila, quando é realizada a retirada de linfônodos e, é claro, nas mamas operadas. A qualidade depende muito da capacidade de cicatrização de cada paciente, tendo o cirurgião plástico o esmero de cuidar bem dos tecidos operados e utilizar técnicas de posicionamento das cicatrizes o mais parecido possível com as técnicas de mamoplastias, com o objetivo de tornar as cicatrizes mais estéticas.

Considerações finais:

As reconstruções mamárias devem ser feitas sempre que possível. Existem leis que obrigam o SUS e aos demais convênios a patrocinarem as reconstruções mamárias.
Elas podem ser tardias ou imediatas e o tratamento das patologias mamárias malignas exigem a sintonia de várias especialidades médicas e afins.
Infelizmente, no Distrito Federal, a Secretaria de Saúde não disponibiliza a possibilidade de reconstrução mamária imediata (junto com a mastectomia), porque não existem serviços de cirurgia plástica acoplados aos serviços de mastologia, restando apenas a possibilidade da reconstrução tardia para os que dependem dos serviços públicos. Estas pacientes são obrigadas a conviverem com as mutilações, até que consigam uma cirurgia de reconstrução no Hospital Regional da Asa Norte, único que possui um serviço de cirurgia plástica em Brasília.


Dr. OGNEV MEIERELES COSAC
FORMADO EM MEDICINA PELA UnB EM 1980
É O PRIMEIRO VICE PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA (2010/2011)
MEMBRO TITULAR DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA
MEMBRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MASTOLOGIA
CIRURGIÃO PLÁSTICO DO HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS



Consultoria:Cirplas Centro de Cirurgia Plástica de BSB

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Novidades para Rejuvenescimento



Aplicação de Fatores de crescimento celular (bio-estimulação),para o rejuvenescimento.Eficaz e inovadora técnica chamada de “Plasma Rico em Plaquetas (PRP)”

O que é PRP?

PRP é a sigla dada para Plasma Rico em Plaquetas que representa a parte líquida do sangue total acrescida das plaquetas, as células que atuam nos processos de coagulação e cicatrização. Durante sua obtenção são retiradas as hemácias, células vermelhas.

Para que servem as aplicações de fatores de crescimento?

Os fatores de crescimento são sintetizados por estas plaquetas e estão envolvidos nos processos de cicatrização, coagulação e renovação celular. Desta forma utilizamo-los sempre que há necessidade de restaurar ou cicatrizar algum tecido, seja a lesão causada por fatores extrínsecos ou pelo próprio envelhecimento endógeno.

Em que consiste o tratamento? E quais as consequências?

O tratamento consiste em injetar com fina agulha o PRP na pele ou região a ser tratada. As consequencias são reestruturação tissular, principalmente, que se traduz por melhora da trofia e aparência local.


Qual o grupo-alvo?

Depende da patologia ou objetivo clínico e portanto pode variar de 20 a 80 anos, ambos os sexos e qualquer tipo ou cor de pele.


Quais as principais indicações da bio-estimulação por fatores de crescimento do Plasma Rico em Plaquetas?

Em estética recomenda-se seu uso nos tratamentos de rejuvenescimento, flacidez cutânea, estrias, queda de cabelo e cicatrizes atróficas.

E como atua o PRP?

Os fatores de crescimento aumentam a vacularização local por neoangiogênese, estímulo a síntese de colágenos, síntese de matriz extr-celular, proliferação de células endoteliais, estímulo a contração de feridas, quimiotaxia, ativação de fibroblastos e osteogênese.


Então o Plasma Rico em Plaquetas pode ser utilizado tanto como tratamento preventivo do anti-envelhecimento, como tratamento de rejuvenescimento?

Sim, nos casos preventivos, o PRP mantém o estímulo à produção de colágeno e elastina na pele que normalmente decai a partir dos 30 anos, além da manutenção da trofia dérmica. Nos casos de envelhecimento instalado há grande melhora da flacidez e elasticidade cutâneas e retorno de grande parte da estrutura da pele devido ao seu poder regenerador.

Porque a utilização do PRP não é tão conhecida no Brasil? E a quanto tempo você já domina está tecnica?

Na verdade o uso de PRP não é tão desconhecido assim. Há muitos anos os dentistas o utilizam em reintegração óssea e em casos de implantes dentários. No Brasil já temos estudos na área de otorrinolaringologia em casos de reconstrução timpânica e em cirurgia plástica em casos de queimaduras. Seu uso na estética sim é mais recente, mas os médicos que se atualizam já podem ver alguns trabalhos apresentados em congressos internacionais. Aqui em Brasília já fazemos o PRP há quase 3 anos. Em 2007 apresentei no II Congresso Brasileiro de Engenharia de Tecidos, Estudos das Células-Tronco e Terapia Celular trabalho sobre “O uso de fatores de crescimento em estrias” e em janeiro de 2008 levei o estudo de “Rejuvenescimento de face e pescoço com plasma rico em plaquetas” ao IMCAS- International Master Course on Aging Skin em Paris na França.

Algumas pessoas têm alergias a alguns tratamentos. Existem riscos de alergias ou transmissão de doenças no tratamento com o PRP?

Por ser autólogo, ou seja, do próprio paciente, a técnica não apresenta riscos de alergias ou transmissão de doenças. Além disso, como é colhido e aplicado na mesma hora, não se corre o risco também de contaminação durante armazenamento.

Qual protocolo de tratamento? Quantas aplicações podem ser feitas?

Em geral, recomenda-se 3 a 4 sessões uma vez por mês, mas pode-se variar em número de acordo com a resposta individual do paciente. Após 6 meses a um ano, novo tratamento pode ser iniciado.

Esta técnica é compativel com outros tratamentos? Quais?

Sim, a técnica não contra-indica nenhum outro tratamento estético e muitas vezes são combinados a outros procedimentos, pois a técnica restaura a pele mas não resolve por exemplo manchas e acne ou flacidez muscular. Usualmente, a pele envelhecida também apresenta outras características que necessitam de cuidados. Aparelhos de laser, peelings químicos e físicos, radiofrequencia, infra-vermelho, fios de sustentação, microcorrentes são exemplos de tratamentos que geralmente prescrevemos. Tudo depende de cada caso e por isso o tratamento sempre deve ser individualizado.

Existe alguma contra-indicação em relação a esta técnica?

O PRP não deve ser feito em pacientes portadores de doenças do colágeno, infecções locais e em casos de expectativa irreal.

Dra. Rian, qual sua mensagem final que você deixa para as pessoas que buscam por uma melhor qualidade de vida e sentirem-se bem consigo mesmas, e porque não acordarem mas belas para a vida?

A busca pela qualidade de vida deve sempre ser encorajada assim como os velhos bons hábitos de comer bem, fazer exercícios moderados e beber muita água. Não há melhor receita de beleza do que sentir-se bem. Quando felizes irradiamos, o brilho nos olhos é visível e portanto a beleza verdadeira só será viável num corpo saudável. Não devemos deixar nos levar por ideais ou padrões apenas. O equilíbrio sim, nos faz belos. Além disso, quando optar por finalmente procurar ajuda profissional, objetivamente deve-se certificar da idoneidade e formação acadêmica do mesmo e ainda das instalações adequadas ao procedimento pretendido.


Consultoria: Dra. Rian Campelo
www.riancampelo.com.br

Tenha uma pele saudável no verão


A pele protege nosso organismo, contra a radiação, agentes infecciosos e químicos. Nossa Pele funciona como uma verdadeira barreira natural bloqueando a entrada de agentes danosos ao nosso organismo; um perfeito termômetro que controla nossa temperatura fazendo com que eliminemos suor quando a temperatura está muito alta ou tremamos quando está muito baixa; um excelente sensor que transmite as sensações de frio, calor, tato, e dor. e por ser tão importante nossa pele merece cuidados especiais nessa época do ano, quando a incidência dos raios solares é maior.
Os cuidados com a pele do rosto são ainda mais importantes sendo que se trata de um local muito sensível, e no verão é muito comum termos manchas na pele, espinhas e ainda se não passarmos o protetor solar estaremos ajudando a envelhecer a pele criando rugas, expressões faciais e até mesmo podendo sofrer de câncer de pele.É claro que devemos cuidar em todas as estações do ano tanto no inverno quanto no verão, afinal nosso rosto é nosso cartão de visitas.
Hoje muitas perguntas envolvem o universo da beleza, principalmente, o feminino com a chegada do verão dúvidas que envolvem tratamentos como peelings, esfoliações, o uso do Botox, cuidados que uma pele jovem requer, peles maduras, oleosas, se sol combina com ácidos, o que deve ser evitado. A Dra. Rian Campelo esclarece essas e muitas outras dúvidas sobre o tema ‘Pele no verão’

Existe um segredo para ficar com a pele impecável no verão, podemos fazer o uso de ácidos ou substâncias fotossensíveis em nosso rosto no verão? Quais cuidados deve-se tomar ao usar os produtos para que a pele não fique manchada?

Não há na verdade grandes segredos para manter a pele bonita e saudável durante o ano todo desde que se observe algumas regras básicas de cuidados. Algumas particularidades de cada estação devem entretanto ser levadas em conta. Durante o verão costuma-se aumentar a exposição solar e o próprio calor pode provocar algumas alterações na fisiologia da pele. Em geral a oleosidade aumenta ao mesmo tempo em que diminui sua hidratação por perda de água ao meio externo. Por isso é essencial manter a pele limpa e hidratada. Evitamos usar sim os ácidos, mas não se pode dizer que são contra-indicados. Quando recomendados pelo seu médico e em concordância com suas orientações, há fórmulas seguras para isso. Além dos ácidos é importante ressaltar que alguns medicamentos de uso sistêmico também aumentam a chance de manchas e melasmas por sua propriedades fotossensibilizantes, fotoalérgicas e até fototóxicas. Entre os mais comuns estão os anticoncepcionais orais, a isotretinoína, a tetraciclina, alguns antidepressivos tricíclicos, carbamazepina, amiodarona, hidrocortisona, furosemida, ibuprofeno, piroxicam, captopril entre vários outros. Quando não é possível suspender a droga o cuidado com uso correto de filtro solar é imprescindível.

Com relação às peles oleosas e acneicas, nesta época, existe um risco de aumento das acnes no verão? Que cuidados devemos tomar, e quais os tratamentos indicados para mantermos nossa pele limpa e saudável?

As pessoas de peles oleosas e acneicas tendem a achar que o sol melhora a acne mas isso é uma ação temporária e que geralmente agrava o quadro se houver manutenção desse padrão de exposição. A secreção sebácea aumenta, a pele se desidrata e a agressão à pele faz com a pele aumente sua camada córnea (de células mortas) obstruindo os poros e levando ao aparecimento ou agravamento dos comedões (cravos) e acne. A dica é lavar o rosto de duas a três vezes ao dia com sabonete adequado ao seu tipo de pele e com pH correto, esfoliar levemente de uma a duas vezes por semana e usar filtro solar diariamente com veículos leves como o gel.

E para pessoas com peles maduras, é possível continuar tratamentos de rejuvenescimento no verão? Quais os tratamentos recomendados?

Com certeza. Há inúmeros tratamentos que não necessitam de afastamento da exposição solar. O que se recomenda no entanto é que a exposição ocorra em período favorável e com uso sempre do filtro solar. Tratamentos como radiofreqüência, infravermelho, laser de baixa freqüência e até alguns tipos de peelings superficiais podem ser feitos com segurança.

Pode-se fazer preenchimentos durante o verão? Quanto tempo dura o procedimento?

Os preenchimentos podem ser feitos em qualquer época do ano e geralmente não apresentam complicações quando realizados com microcânulas, pois diminuem drasticamente a chance de aparecerem equimoses (roxos). Os preenchimentos que necessitam do uso de agulhas têm um risco maior de lesar pequenos vasos sanguíneos e por isso determinam maior chance de aparecimento dessas equimoses. Quando isso ocorre, a exposição solar realmente fica proibida sob o risco de se formarem manchas. Em geral esse tipo de tratamento dura de 30 minutos à uma hora dependendo do número de regiões, forma de anestesia e minuciosidade do médico.

Hoje um dos procedimentos mais realizado em todo o mundo é o Botox, quem busca tratamento com Botox precisa esperar o verão terminar?

Este tratamento também pode ser feito o ano todo. Por usar agulha durante a aplicação este tratamento também pode lesar vasinhos e deixar equimoses. Há, no entanto formas de minimizar drasticamente o risco usando por exemplo aparelho que permite visualizar os vasinhos chamado Venoscan e assim podemos desviar das regiões com muita vascularização. O gelo antes da aplicação também faz vasoconstricção e diminui dor, inchaço e a chance de maiores extravasamentos de sangue.

Quem tem problemas de Hiperidrose ou sudorese excessiva , que tende a ficar ainda mais crítica nesta época do ano, pode achar no Botox a solução para esse problema? E como é feita a aplicação?

O Botox é uma boa opção terapêutica para os casos de hiperidrose, porém é uma solução temporária. A cada seis meses, em média, o paciente deve fazer nova aplicação. Também é feito com agulha de fino calibre na pele das axilas, palmas das mãos e até plantas dos pés.

A pele do corpo também precisa de cuidados especiais no verão. Quais tratamentos estão indicados para esta estação do ano?

A regra de se manter a pele hidratada também vale para o corpo. Esfoliações periódicas também mantêm a maciez, o viço e o estímulo à renovação celular dessas áreas. Tratamentos para celulite e flacidez também podem ser realizados como a drenagem linfática, endermoterapia vibratória (Celutec®), radiofreqüência, infravermelho, alguns tipos de peelings superficiais e corrente tensora são opções viáveis para essa época do ano.

E no caso dos cabelos? Quais são os tratamentos que podemos realizar para deixá-los bonitos e protegidos para o verão?

Os cabelos também merecem filtro solar, hidratação e cortes periódicos. Além disso podemos usar loções capilares que podem melhorar a nutrição da raiz, diminuir a oleosidade quando necessário e ainda estimular seu crescimento. Se possível evitar tratamentos muito agressivos como as escovas definitivas, permanentes e descolorações.

Mesmo que as pessoas não passem por procedimentos em clinicas estéticas, qual a sua recomendação para essas pessoas aproveitarem a estação do verão?

Beber muita água para manter a hidratação dentro do corpo e na pele, comer bem para manter a forma e regular o hábito intestinal, ter cuidado com sono, pois é nessa hora que reparamos todos os danos feitos ao organismo e fazer exercícios físicos. Além disso, evitar dormir com maquiagem, lavar bem o rosto pelo menos duas vezes ao dia, usar filtro solar e maneirar no consumo de bebidas alcoólicas.
Esfoliações caseiras com açúcar e mel e máscaras com gelatina sem sabor também são dicas para cuidar da pele em casa.


Consultoria: Dra. Rian Campelo
www.riancampelo.com.br

Câncer de colo uterino. Uma doença em extinção?


O câncer de colo uterino é o segundo mais frequente em mulheres no Brasil. No Norte e Nordeste chega a ocupar a primeira posição

Tratando-se de uma patologia em que se conhece o agente causador, o vírus HPV, o seu controle é possível e pode ser reduzido a casos esporádicos, caso se utilize os recursos disponíveis.
A prevenção é essencial e deve ser realizada a partir do inicio da atividade sexual. Além do tradicional teste citológico Papanicolau, a pesquisa do DNA viral através da captura híbrida é fundamental. Esta combinação de exames identifica praticamente 100% das mulheres com doença relacionada com o HPV. Algumas considerações são muito importantes para orientação da população feminina: um exame de captura híbrida positivo não significa que a mulher seja portadora de alguma doença, ela pode ser portadora do vírus que, em 75% dos casos, é eliminado pelo sistema imunológico sem qualquer tratamento. A doença, inicialmente sem malignidade, ocorre devido a uma infecção persistente, geralmente superior a um ano. Outra informação é que pelo menos 10 anos são necessários para o aparecimento do câncer; inicialmente ocorre a neoplasia intra-epitelial, graus 1,2 ou 3, que não são malignas e se tratadas de forma correta são curadas, não evoluindo para um câncer.
Quando o exame do DNA viral (captura híbrida ou PCR) é positivo recomenda-se uma avaliação mais criteriosa do colo uterino através de colposcopia, que se não revelar anormalidades os exames podem ser repetidos após um ano. A captura híbrida negativa oferece tranquilidade e por pelo menos 3 anos a mulher não corre risco de aparecimento de nenhuma lesão do colo do útero. A importância desse exame é detectar casos em que o Papanicolau é normal, mas pode existir alguma alteração não evidenciada. Com alguma frequência atendemos pacientes com diagnóstico de câncer do colo uterino que fez exame preventivo um ano antes, apenas com Papanicolau, que nada acusou de anormal. A prevenção correta pode evitar um câncer que ocorre em mulheres jovens e que se puder ser tratado leva a mulher a uma menopausa precoce e a impede de procriar. Procure seu ginecologista. Faça o certo!



VACINAS CONTRA HPV


No Brasil, estão disponíveis duas vacinas utilizadas na prevenção do HPV. Devido a pouca divulgação, o seu uso num país com alto índice de câncer de colo uterino é ainda pequeno. Algumas informações são importantes para conscientizar a população da sua utilidade:
1. Como as vacinas não contêm o DNA viral, são seguras e não transmitem nenhuma infecção.
2. A sua eficácia é superior a 95% contra os principais tipos de HPV
3. Apesar de vacinada, a mulher deve seguir a mesma rotina de prevenção , pois ela não imuniza contra todos os tipos existentes de HPV oncogênico.
4. No momento está indicada para meninas de 9 anos até jovens de 26 anos. A dose de reforço após cinco ou 10 anos ainda não foi definida.
5. Para o seu uso, não é necessário nenhum exame prévio e mesmo mulheres com teste de captura híbrida positivo ou Papanicolau alterado devem ser vacinadas.
6. É segura, com mínimos efeitos colaterais e reduz significativamente o risco de doenças e câncer relacionados com o HPV.

MENSAGEM
O câncer de colo uterino tem sua etiologia conhecida, um programa de prevenção eficaz e duas vacinas capazes de imunizar contra 80% das cepas oncogênicas de HPV. Portanto, é possível evitar este câncer ou diagnosticá-lo em fase precoce, evitando tratamentos radicais. Nossa recomendação é de realizar a prevenção com o Papanicolau associado à captura híbrida e vacinar o grupo de 9 a 26 anos.
Mulheres estão sempre um passo à frente e, possivelmente, este será o primeiro tipo de câncer a ser totalmente controlável no mundo.


Consultoria: Dr. Eduardo Johnson
www.oncotek.com.br

A eficácia dos novos tratamentos de varizes


Quem não conhece alguém que reclama de dores nas pernas ou dos inconvenientes vasinhos? O pior é que muita gente já desistiu de tratar, reclamando das limitações que o tratamento impunha ou por não suportar as agulhadas


Mais de um quarto das mulheres tem varizes. Essa doença, como toda enfermidade crônica, é multifatorial. A herança familiar é o fator predisponente mais importante, somando-se às várias outras situações que poderão desencadear mais ou menos varizes. É interessante a diversidade de manifestações da insuficiência venosa; sendo que, para algumas pessoas, o incômodo é decorrente de alguns vasinhos nas pernas, causando o desconforto estético. Outras menos afortunadas sofrem de dores e apresentam varizes grossas com envolvimento ou não das veias safenas. Os casos mais graves podem apresentar vários estigmas da insuficiência venosa, inclusive podendo ocasionar a abertura de feridas nas pernas.
Quando se aproxima o verão é natural que aumente a ansiedade das pessoas para ficar livres das varizes ou dos pequenos vasinhos. Não temos cura para varizes, mas o tratamento é muito eficaz e as novas tecnologias têm contribuído muito, principalmente no que se refere a reduzir o trauma do tratamento e, com isso, atenuando o desconforto e as limitações impostas.
Aquelas pessoas que têm varizes de grosso calibre podem ser beneficiadas com a utilização do endolaser, uma tecnologia denominada EVLT (Endovenous Laser Therapy). Nos casos que preenchem os critérios para tratamento com endolaser, uma fibra óptica é introduzida através de uma punção dentro das varizes, onde é liberada a energia, fechando as varizes sem retirá-las. Como resultado imediato, as varizes são excluídas da circulação e o sangue édesviadopara as veias normais. Osestudos científicos, apesar de apresentarem pouco tempo de acompanhamento, relatam vantagem em relação à cirurgia convencional, que é a retirada por avulsão das varizes. O tempo de recuperação e o desconforto pós-tratamento são bem menores quando o procedimento é realizado com endolaser. Em relação à eficácia do tratamento, a exemplo do tratamento convencional, não cura a insuficiência venosa dos membros inferiores, mas o bom resultado é mantido em mais de 90 % dos casos após um ano de acompanhamento. Isso, por si só, parece mais animador que o tratamento convencional.
Se o problema são os vasinhos, ou varizes de fino calibre, o tratamento convencional é com aplicações, também conhecidas como escleroterapia química. O processo de esclerose do vaso é alcançado com métodos químicos ou físicos. A escleroterapia química continua apresentando bons resultados, principalmente quando agregada a métodos que atenuam a dor. A analgesia pode ser conseguida por resfriamento da pele, através de um equipamento específico, que melhora muito a tolerância às agulhadas. Para quem quer uma opção sem agulhas, resta a escleroterapia física, conseguida com a tecnologia a laser. Neste caso, outro laser é utilizado, diferente do processo EVLT. A energia não é dispensada diretamente dentro do vaso, mas através da pele. Para as pessoas que querem eliminar os vasinhos da face e nariz, o laser passa a ser a melhor opção.
A estratégia mais adequada para tratar as varizes das pernas, principalmente nos casos que apresentam grande quantidade e variedade de vasos, é através da associação de métodos. O laser associado à escleroterapia química soma resultados.
Dianteda variedade de tratamentos das varizes, em vez do medo e das lembranças do passado, o melhor é buscar informação com o médico angiologista. O tempo passa e as coisas mudam, mas parece que o laser, como em várias áreas da medicina, é muito promissor.

Consultoria: Dr. Antonio Carlos de Souza
www.angiomedi.com.br